Por que nos apaixonamos virtualmente?
Houve um tempo em que as pessoas estavam mais propensas a se apaixonar e se relacionar com as outras pessoas do convívio delas. Para ter interesse por outras pessoas, de outros locais, era obrigatório algum tipo de contato pessoal.
Atualmente essa realidade se alterou e podemos ver as paixões virtuais tomando conta do mundo.
Desde as paixões platônicas, por pessoas que não conhecemos e que não teremos contato pessoalmente, até as paixões que fazem as pessoas se mudarem e começar um vida juntas.
Mas porque nós conseguimos nos apaixonar por pessoas mesmo quando apenas a conhecemos virtualmente? É sobre isso que vamos refletir…
O contato é o mais importante.
Independente se conhecemos uma pessoa na vida real ou se a conhecemos pelas redes sociais, o contato e a intimidade com ela é mais importante do que a forma com a qual nos contatamos com ela.
Nós não fazemos uma detenção, no sentido de gostar ou não das pessoas, por termos conhecido ela pessoalmente ou não.
Os mecanismos que fazem com que nos apaixonemos pelas mulheres são os mesmos, independente se você encontrou com ela na rua e teve interesse ou se encontrou o perfil dela em um rede social.
A familiaridade conta.
O interesse pode surgir de qualquer maneira, mas a paixão ocorre somente com o tempo, com o contato e com a intimidade.
Quanto mais temos familiaridade com uma pessoa, mais propensos ficamos a nos apaixonar por ela (por isso você já foi apaixonado pela sua vizinha).
Dessa forma, a troca de mensagens nas redes sociais com uma pessoa que tem pensamentos, ideologias e opiniões semelhantes com a sua podem reforçar o surgimento de uma paixão, independente de onde ela esteja morando.
A beleza também tem sua importância, mas somente a aparência não sustenta uma paixão. Apenas desperta e mantém o interesse (de ambos).
Também há a sensação de intimidade.
Assim como no contato do dia a dia, a rede social também faz com que criemos, até certo ponto, um sentimento de intimidade pelo outro, principalmente se conversamos com muita frequência e trocarmos informações sobre nós mesmos e nosso dia a dia.
Com o tempo passamos a ver o outro, independente de onde ele esteja, como alguém íntimo e importante na nossa vida. Quanto mais contato, maior o sentimento de intimidade. Isso vale tanto para o contato “na vida real”, com na vida virtual.
Criamos um conceito do outro.
Quando nos apaixonamos, nós criamos um conceito sobre a pessoa amada, atribuimos características positivas à ela e acreditamos nesse conceito criado.
Isso ocorre independente do tipo de relação (virtual ou não).
A diferença é que fica mais fácil percebermos que a pessoa não é aquilo que atribuímos a ela quando convivemos no dia a dia. Pelas redes sociais fica mais difícil perceber essa diferença (quando há).
Geralmente atribuímos características positivas para quem nos apaixonamos ficando mais propensos a gostar dessa pessoa, principalmente virtualmente.
A aparência pode ser o início.
Como foi falado, a beleza tem a sua importância. Geralmente é a beleza que nos chama a atenção no início, mas são as características, objetivos e gostos em comum que irão fazer com que a paixão realmente ocorra.
É comum também que, com o tempo, a beleza deixe de ser tão importante e características que prezamos no outro, como a generosidade ou a inteligência, por exemplo, podem ser ainda mais atraentes.
Geralmente tem algo que nos chama a atenção no início (que nem sempre é a beleza) que faz com que queiramos descobrir mais sobre a pessoa e ver ser realmente é o que imaginamos. Isso ocorre tanto nas redes sociais como no nosso dia a dia.
Portanto, podemos nos apaixonar-se por alguém tanto no convívio do cotidiano quanto pela internet e ambas as formas são relevantes e importante para nossas vidas. Porém, quanto maior a possibilidade de existir o contato físico, maior será também a probabilidade da paixão perdurar. Com o tempo, o contato virtual não irá suprir todas as nossas necessidades.
Leonardo545 Posts
É psicólogo e redator de conteúdos. Escreve, reflete e pesquisa sobre os mais variados temas. Não considera a escrita como trabalho, mas uma necessidade da alma.
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