Vale a pena ouvir: O Terno

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O Terno é uma daquelas bandas que soam como se você já tivesse ouvido em algum lugar no passado, sem saber exatamente quando. Essa colocação é interessante, pois faz parte da estética nostálgica que a banda traz consigo, um clima anos 70 cheio de referências e influências old school não poderia ser diferente.

Formada em 2009 com três amigos Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Gabriel Basile – esse desde março de 2015, substituindo Victor Chaves -, a banda despertou interesse da crítica especializada já com seu primeiro trabalho, o álbum “66”, lançado em 2012 de forma independente. 66 conta com 5 músicas autorais e 5 compostas por Mauricio Pereira, pai de Tim Bernardes, e arranjadas pelos integrantes da banda.  O sucesso de crítica, fez com que a banda alcançasse um público que se tornou fiel desde então.

No ano seguinte, a banda lançou um EP com 3 músicas batizado de “TicTac-Harmonium”, que os levou a concorrer na categoria “melhor canção” do Prêmio Multishow, com a musica Harmonium.

Não é à toa que a banda soa nostálgica em muitos momentos. Suas maiores influências vem de bandas que já não existem há muito tempo como The Beatles e The Kinks – além de uma clara influência de Os Mutantes, que acrescenta para definir o som e o estilo da banda.

Seguindo a onda de muitas bandas do cenário independente atual, O Terno gravou seu segundo álbum através de financiamento coletivo em 2014, dessa vez totalmente autoral. O álbum homônimo não deixou a desejar e também foi muito criticado positivamente, não é à toa que a banda foi convidada para tocar na edição de 2015 do Lollapalooza Brasil – um dos maiores festivais do país.

Segundo os próprios integrantes, esse é o álbum que define de vez a personalidade e a sonoridade que o grupo vinha buscando desde seu início. Podemos dizer que há um certo amadurecimento e um ar corajoso em lançar um álbum com 12 músicas inéditas e autorais, mas a banda soube como preparar o terreno para isso, com o lançamento de TicTac-Harmonium e a participação da banda em festivais como o Planeta Terra.

Uma curiosidade interessante sobre a banda é que as músicas com histórias fictícias são um ponto forte de sua personalidade, assim como no primeiro álbum a canção “Zé, assassino compulsivo”, no segundo nós temos “Desaparecido”, com um clima diferente mas com uma proposta parecida.

A banda já tocou ao lado de nomes consagrados da música brasileira como Nando Reis e Arnaldo Antunes, no palco do Prêmio Multishow e também Tom Zé, com quem gravaram em conjunto uma faixa para o álbum “Tribunal do Feicebuqui”.

Não, não se pode dizer que a música brasileira está morta atualmente, uma grande exemplo disso é O Terno, que em dois álbuns já conquistaram um espaço muito importante no cenário brasileiro e trouxeram, além de ótimas canções, um frescor para as novas gerações que há muito tempo não viam bandas tão criativas e talentosas.

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