O centro de pesquisa hVIVO, de Londres, no Reino Unido, reuniu um grupo de pessoas que parecem não ficar incomodadas em sentir os sintomas da gripe. Principalmente porque eles receberam US$ 5,5 mil (R$ 20,6 mil) para isso. O grupo precisa permanecer isolado em um quarto, com direito a refeições gratuitas e acesso a internet, e, claro, precisam aceitar receber uma dose do vírus da gripe (introduzida através do nariz em pequenas quantidades).

Esse experimento visa estudar quando e como se dá a infecção viral e quanto tempo demora para as pessoas se recuperarem, para que assim seja possível determinar os efeitos do vírus no corpo humano, estudando tanto as gripes mais comuns quanto as mais severas.

O único contato que o grupo tem com o exterior é através da internet e, dependendo da pesquisa, eles podem ficar isolados por até duas semanas e meia, tendo contato apenas com os funcionários do centro de pesquisas, que utilizam roupas especiais para não serem infectados.

Isso nos leva à reflexão de quanto o dinheiro pode estar acima, para algumas pessoas, do que a própria saúde e até mesmo da própria vida. É claro que isso é uma pesquisa controlada e os riscos à saúde são mínimos. Mas, ao mesmo tempo, temos vários exemplos de pessoas que arriscam a própria vida visando arrecadar algum poder monetário ou conseguir fama e reconhecimento (mesmo que passageiro).

Podemos imaginar aqui pessoas que trabalham em empregos completamente prejudiciais à saúde, sem proteção alguma e sem se darem conta de que o dinheiro não servirá de nada caso a saúde delas seja prejudicada. Assim como, podemos destacar aquelas pessoas que fazem atividades extremamente perigosas, como o francês Philippe Petit, que no ano de 1974 atravessou as torres do World Trade Center por um cabo de aço a 400 meros de altura.

Independente da motivação de cada um, seja por dinheiro ou reconhecimento, é preciso refletir um pouco sobre as motivações de nossos comportamentos para que saibamos principalmente porque fazemos o que fazemos e até para mesmo para entender se precisamos realmente fazer tudo o que planejamos. Assim, saberemos aos poucos delimitar o que realmente é importante para nós e o que apenas nos traz riscos tanto à vida quanto à saúde.

E aí, você aceitaria R$20 mil para ficar gripado?

Fonte: BBC.