Os melhores filmes de Al Pacino

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Al Pacino é um fantástico e inigualável ator americano, que simplesmente dispensa apresentações.

Nascido em 25 de abril de 1940 em Nova Iorque, “Sonny” – como era conhecido entre os seus amigos durante a infância — tinha na juventude a pretensão de se tornar jogador profissional de baseball. Eventualmente, no entanto, o amor pelas artes dramáticas o tomou por completo, para honra e glória da sétima arte. Hoje, é inconcebível imaginar determinados filmes sem a sua gloriosa e magistral presença.

De fato, Al Pacino foi fundamental para definir tanto a imagem do oficial durão e cético de filmes policiais consagrados, como a do gângster alucinado e inconsequente em obras clássicas sobre a máfia e o submundo do crime. Seu estilo único de atuação o consagrou de forma definitiva, levando-o a se tornar uma das maiores lendas da história do cinema.

Embora tenha se consagrado como o personagem Michael Corleone, do filme O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972), de Francis Ford Coppola – personagem que interpretou nas duas sequências, O Poderoso Chefão Parte II (The Godfather Part II, 1974) e O Poderoso Chefão Parte III (The Godfather Part III, 1990), ambos dirigidos por Coppola -, Al Pacino também interpretou agentes da lei de forma magistral, como nenhum outro ator. Ele soube incorporar o detetive exaurido, mas implacável, em filmes policiais sensacionais, exaltando o gênero como uma expressiva e sólida forma de arte cinematográfica, como poucos colegas de profissão foram capazes de fazê-lo. A seguir, o leitor poderá ver uma seleção dos melhores filmes de Al Pacino, como policial e como vilão, em ordem cronológica.

Serpico – 1973

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Filme dirigido por Sidney Lumet, baseado em fatos reais. Nesse filme, Al Pacino interpreta Francesco Vincent Serpico – mais conhecido como Frank Serpico -, sujeito que atuou como policial em Nova Iorque de 1959 a 1972. Serpico, ao contrário de muitos dos seus colegas, era um policial honesto, que não aceitava propinas ou subornos, durante um período no qual a polícia de Nova Iorque era ostensivamente inescrupulosa e assumidamente corrupta.

O fato de ser um policial íntegro e honesto frequentemente colocava Serpico em sérios problemas. O seu apego intransigente às suas convicções provocava tensões severas entre ele e seus colegas. Depois de muito tempo perturbado com todas as coisas erradas que era obrigado a tolerar, Serpico decidiu enfrentar a corrupção existente no departamento de polícia de Nova Iorque. Corajoso, determinado e extremamente leal aos seus princípios, Serpico encarou de frente o perigo representado por seus colegas imorais, inescrupulosos e corruptos, mesmo correndo sério risco de retaliação, e decidiu delatar todos os policiais envolvidos em esquemas sujos e ilícitos.

Neste filme, Al Pacino incorpora todos os elementos da tensão inerente a um indivíduo que deseja fazer o que é certo, mas é constantemente assediado e pressionado a transgredir por seus colegas iníquos. Serpico foi o quinto filme de Al Pacino. Apesar de estar ainda em início de carreira, o ator entrega ao espectador uma atuação magistral, onde a intensidade dramática e os dilemas morais do personagem principal delimitam a tensão que conduz de maneira formidável o enredo da narrativa.

Um Dia de Cão – 1975

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Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon) é um filme de 1975, que – assim como o filme anterior – foi dirigido por Sidney Lumet, sendo igualmente baseado em fatos reais. O filme retrata o assalto que um grupo de criminosos realizou contra o banco Chase Manhattan, no Brooklyn, em 22 de agosto de 1972.
Em Um Dia de Cão, Al Pacino interpreta o criminoso John Wojtowicz – embora o personagem no filme seja chamado de Sonny Wortzik -, que decide assaltar um banco com alguns companheiros delinquentes para conseguir dinheiro com o objetivo de pagar a cirurgia de mudança de sexo do seu parceiro, Ernest Aron (chamado de Leon Shermer, no filme), que posteriormente mudou legalmente o seu nome para Elizabeth Debbie Eden.

O filme mostra como o que deveria ter sido um assalto fácil e rápido se transformou em uma longa, exasperante e dramática situação com vários reféns, que necessitou de longas horas de negociação com a polícia para que o impasse fosse devidamente solucionado.

Al Pacino está formidável como o conspícuo, porém imprevisível criminoso Sonny Wortzik, que repentinamente se vê encurralado em uma situação excepcionalmente difícil e exasperante, da qual ele não sabe exatamente como escapar. Filme sensacional – com excelentes e dinâmicas sequências de tensão policial -, Um Dia de Cão é uma legítima obra-prima, que explora de forma monumental as consequências do temperamento impulsivo e da falta de discernimento existente em personalidades egocêntricas, narcisistas e intempestivas.

Sem dúvida, Sonny Wortzik foi o mais carismático e sensível de todos os vilões interpretados por Al Pacino, apesar do filme manter uma estrutura narrativa realista, que não romantiza o crime nem os criminosos. Lamentavelmente, este foi o último filme no qual ele contracenou com o seu amigo de longa data John Cazale, que interpreta no filme o personagem Sal Naturile. Ambos haviam participado anteriormente dos filmes O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972) e O Poderoso Chefão II (The Godfather II, 1974). Cazale morreu pouco tempo depois, de câncer, em março de 1978. Ele tinha 42 anos de idade.

Parceiros da Noite – 1980

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Parceiros da Noite (Cruising) é um thriller policial de 1980, dirigido pelo mestre William Friedkin. Apesar do enredo simples, neste filme Al Pacino dá um verdadeiro espetáculo de atuação, interpretando Steve Burns, um policial tão sutil e discreto quanto enigmático e indecifrável.

Na trama, um assassino em série está matando indiscriminadamente homossexuais em Nova Iorque. Como o recruta Steve Burns tem um perfil similar ao da maioria das vítimas, ele é convocado por seu superior para adotar uma nova identidade, com o objetivo de se infiltrar no promíscuo e licencioso mundo de boates nortunas da subcultura gay de Nova Iorque, para tentar descobrir quem é o assassino em série que está matando homossexuais na cidade que nunca dorme. Sendo assim, Steve Burns embarca com extrema dedicação na missão, tendo a esperança de ser recompensado com uma boa promoção.

Determinado a elucidar o caso e descobrir quem está por trás dos assassinatos de homossexuais que estão aterrorizando a comunidade gay nova-iorquina, Steve Burns se muda para um apartamento no West Village, se inserindo em um estilo de vida completamente diferente do que estava acostumado. Ele assume uma identidade falsa – John Forbes – e logo faz amizade com um vizinho, o homossexual aspirante a dramaturgo Ted Bailey (interpretado por Don Scardino), que o introduz à comunidade gay local. Desta maneira, Steve Burns começa uma complicada e perigosa investigação, que o deixará cara a cara com a morte em diversas ocasiões.

A edição final do filme dá um tom excepcionalmente ambíguo à trama, o que abre espaço para uma vasta multiplicidade de interpretações quanto à sua conclusão. Uma delas, inclusive, sugere que o próprio Steve Burns possa ser o culpado pelos homicídios, embora isso seja incompatível com o que a trama revela desde o princípio do filme, que mostra explicitamente o assassino quando este faz a sua primeira vítima.

Filme que exige extrema atenção aos detalhes, no enredo absolutamente nada é o que parece, sendo necessário assistir ao filme diversas vezes para se poder deduzir informações mais precisas das ambivalentes situações que o roteiro coloca diante do espectador. Depois de lançado – em fevereiro de 1980 -, o filme foi considerado altamente polêmico e controverso, sendo extremamente criticado por membros e ativistas da comunidade gay. Não obstante, Parceiros da Noite permanece sendo um dos melhores, mais instigantes e mais expressivos filmes policiais da carreira de Al Pacino.

Definitivamente, nenhum entusiasta do gênero pode se dar o luxo de não assistir a essa fantástica obra-prima da sétima arte.

Scarface – 1983

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Apesar de ter se consagrado como Michael Corleone em O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972), foi ao interpretar Tony Montana em Scarface – dirigido por Brian De Palma, em 1983 – que Al Pacino se consagrou como um dos maiores atores de sua geração.

Neste filme, Al Pacino interpreta um imigrante cubano que chega aos Estados Unidos sem nenhuma perspectiva de futuro. Não obstante – determinado a subir na vida e fazer dinheiro rápido -, ele decide se tornar um gângster. Então, ele começa a trabalhar para um importante figurão do crime organizado. Em pouco tempo, no entanto, ele se torna o líder da sua própria quadrilha e rapidamente se transforma em um poderoso chefe do narcotráfico, que é tanto respeitado quanto temido pelos seus rivais.

Outro filme que definitivamente vale a pena assistir inúmeras vezes, as cenas de ação, assim como o elevado grau de dramaticidade e realismo da trama – exacerbada por personagens densos e interpretações carregadas – fazem Scarface ser, sem dúvida nenhuma, um dos melhores e mais relevantes filmes do gênero.

Apesar de tratar-se de um trabalho de ficção, a história da ascensão e queda de Tony Montana mostra de forma irretocável a dinâmica disfuncional do mundo do crime, e de como os seus integrantes vivem em um estado de tensão, aflição e preocupação permanentes, que simplesmente não compensa todo o sucesso material e financeiro que os seus membros mais bem sucedidos venham a adquirir. Com uma estrutura coesa e uma narrativa dinâmica, Scarface é um filme simplesmente sensacional, do tipo que dá vontade de ver novamente assim que termina.

Além da formidável interpretação de Al Pacino, Michelle Pfeiffer merece destaque como a sensual e irresistível Elvira, esposa do chefão do crime organizado Frank Lopez – interpretado pelo sensacional Robert Loggia-, para quem Tony Montana inicialmente trabalha, antes dele próprio se tornar um poderoso figurão do narcotráfico. Eventualmente, Elvira acaba sendo “roubada” por Tony Montana e se torna a sua mulher. Filme extremamente intempestivo, com sequências arrebatadoras, Scarface não dá espaço algum para a monotonia. É ação e tensão frenéticas do início ao fim, que deixam o espectador extremamente estarrecido e mortificado diante da tela.

Vítimas de uma Paixão – 1989

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Outro sensacional filme policial – que também merece ser considerado um dos melhores do gênero -, Vítimas de uma Paixão (Sea of Love) é um filme de 1989, dirigido por Harold Becker. Com uma trama vagamente similar a de Parceiros da Noite, neste filme Al Pacino interpreta Frank Keller, um policial que precisa investigar uma série de assassinatos de homens que responderam a anúncios românticos para solteiros em jornais. Em virtude das circunstâncias, ele começa a suspeitar que uma mulher está marcando encontros através de anúncios com homens solitários, e os mata depois de uma noitada de sexo casual.

Depois de cruzar informações com um detetive de um departamento de polícia do Queens, Sherman Touhey – interpretado pelo magnífico John Goodman – que tem um caso similar nas mãos, os dois decidem se tornar parceiros na investigação, ao perceberem que seus casos podem estar conectados.

Então, eles decidem colocar um anúncio no jornal, com o objetivo de encontrar todas as mulheres que enviarem respostas. Keller e Touhey se revezam nos encontros, que ocorre em um restaurante, devidamente monitorado pela chefatura de polícia. Depois dos encontros forjados, eles pegam os copos de cada uma das mulheres, com o objetivo de coletar as impressões digitais.

Em um desses encontros, Frank Keller conhece Helen Cruger (interpretada pela sensual Ellen Barkin). Seduzido pela alucinante e provocante Femme Fatale, Keller acaba se envolvendo pessoalmente com ela, violando importantes princípios éticos e profissionais. Sua vida dá uma reviravolta drástica, no entanto, quando ele se depara com determinados indícios que indicam que ela pode ser a assasina que ele está procurando.

Filme sensacional, que tem um desenvolvimento interessante e uma conclusão surpreendente, Vítimas de uma Paixão é um thriller fantástico, que mostra mais uma vez porque Al Pacino é um dos melhores atores a interpretar policiais na história do cinema. Com um ritmo inebriante e uma trama que deixa o espectador profundamente envolvido, este filme merece grande destaque na filmografia de Al Pacino. O filme traz ainda Samuel L. Jackson em um pequeno papel, em uma de suas primeiras aparições no cinema.

O Pagamento Final – 1993

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Quem gostou de Scarface, certamente vai gostar muito de O Pagamento Final (Carlito’s Way), filme de 1993 dirigido pelo consagrado Brian De Palma, baseado no romance homônimo do juiz americano aposentado Edwin Torres, originalmente publicado em 1975.

No filme, Al Pacino interpreta Carlito “Charlie” Brigante, um criminoso profissional de origem porto-riquenha, que deseja arduamente se regenerar e se tornar um cidadão correto, cumpridor da lei, mas que eventualmente é arrastado para a sua vida pregressa por uma série de circunstâncias adversas, que estão muito além do seu controle.

Filme magistral – com sequências impecáveis de ação do início ao fim, além de um roteiro perfeitamente coeso e consistente -, O Pagamento Final é mais um excelente filme do gênero que mostra o submundo do crime exatamente como ele é: cruel, hostil, violento, sanguinário e implacável.

A atuação contundente de Al Pacino é capturada de forma exuberante pela formidável direção do mestre Brian De Palma, que não mediu esforços ao criar um violento e incisivo drama urbano realista e panorâmico, que prende a atenção do espectador na tela desde a primeira cena até os créditos finais.
Sem dúvida nenhuma, O Pagamento Final é um filme imprescindível para os entusiastas do gênero, que trata do submundo do crime sem medo ou receio de expor de forma contundente e visceral suas pérfidas consequências sobre os indivíduos e a sociedade de forma geral. Uma autêntica obra de arte cinematográfica – absurdamente impecável em todos os sentidos -, esse é outro filme que merece amplo destaque na magnífica filmografia de Al Pacino.

Donnie Brasco – 1997

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Donnie Brasco é um filme de máfia de 1997 dirigido por Mike Newell – baseado em fatos reais -, estrelado por Al Pacino e Johnny Depp. Neste filme, Johnny Depp interpreta Joseph Pistone, um agente do FBI que assume a identidade falsa de Donnie Brasco para conseguir se infiltrar entre os membros da família Bonanno, uma das principais lideranças e ramificações da máfia nova-iorquina. Al Pacino, por sua vez, interpreta Benjamin “Lefty” Ruggiero, o criminoso que se torna mentor de Donnie Brasco.

Filme sensacional – que mostra de perto as entranhas do crime organizado -, em Donnie Brasco, Al Pacino e Johnny Depp interpretam personagens excepcionalmente complexos, cuja dinâmica se desenvolve a partir de situações bastante ambivalentes, em virtude das circunstâncias. Como o personagem de Johnny Depp, Joseph Pistone, é um agente infiltrado do FBI, ele deve ser tão discreto quanto convincente, visto que não pode fazer absolutamente nada que comprometa o seu disfarce, tampouco a investigação. Por conta disso, a tensão presente na trama é latente e agrega exepcional densidade à estrutura do enredo.

Mais um filme que vale a pena assistir diversas vezes, Donnie Brasco é uma obra-prima sensacional, não apenas por apresentar fatos reais sobre uma das operações mais emblemáticas da história do FBI, mas por conceder ao espectador a possibilidade de ver tanto Al Pacino quanto Johnny Depp juntos, entregando as performances mais contundentes de suas carreiras. Apesar de sua estrutura evasiva em determinadas passagens, o filme jamais é prejudicado pelo furor narrativo de sua essência, visto que equilibra perfeitamente o drama humano das personagens principais com os dilemas morais de sua própria percepção sobre a realidade retratada.

Com um desenvolvimento simplesmente extraordinário, o filme mostra a estrutura do crime organizado a partir de uma perspectiva tão persuasiva quanto singular. No mesmo ano em que Donnie Brasco foi lançado, Al Pacino dividiu as telas com Keanu Reeves no filme de terror sobrenatural O Advogado do Diabo (The Devil’s Advocate).

Insônia – 2002

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Possivelmente o título mais fraco dessa lista – embora não seja de forma alguma um filme péssimo -, Insônia é um thriller psicológico dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Al Pacino, Robin Williams e Hilary Swank. Refilmagem de um filme norueguês produzido em 1997, neste incisivo e denso drama policial, Al Pacino interpreta o detetive do Departamento de Polícia de Los Angeles Will Dormer, que é designado por seu superior para investigar um homicídio na comunidade de Nightmute, no Alasca. Então, ele se dirige até o local com o seu parceiro, Hap Eckhart (interpretado por Martin Donovan) para desvendar o crime.

Quando chegam ao seu destino, Dormer e Eckhart são assistidos pela polícia local, recebendo assistência da detetive Ellie Burr (Hilary Swank) e do oficial Fred Duggar (Nicky Katt). Juntos, ele devem investigar o misterioso assassinato de uma jovem de dezessete anos.

A investigação eventualmente conduz Dormer ao suspeito Walter Finch (Robin Williams), um recluso e misterioso autor de romances policiais. Rapidamente, ele tenta reunir provas para indiciar o assassino, mas percebe que o seu antagonista é um indivíduo muito mais arredio e astucioso do que ele poderia imaginar.

Atormentado pelo chamado sol da meia-noite, Dormer não consegue jamais dormir em função da claridade permanente, e acaba desenvolvendo insônia crônica. Como está sempre exausto, ele começa a perder a lucidez e precisa se esforçar de forma sobre-humana para manter a sanidade mental e ser capaz de cumprir com suas obrigações profissionais.

Depois de um exasperante jogo de gato e rato, eventualmente Will Dormer consegue encurralar o assassino. Lamentavelmente, quando está prestes a desferir o golpe de misericórdia em seu antagonista, a inexpugnável fatalidade dos fatos acaba por arrastá-lo em direção à inerente tragédia de suas circunstâncias pessoais.

A verdade é que – longe de ter sido um policial decente e honesto -, Dormer acaba sendo obrigado a buscar redenção por suas transgressões, quando uma carreira fustigada por uma vasta profusão de escolhas imorais e antiéticas torna-se impossível de esconder.

Filme que é um pouco mais cansativo do que todos os analisados até então, Insônia é uma trama policial relativamente interessante, mas que infelizmente é tradicional demais, e não se preocupa em inovar o gênero, tampouco em introduzir algum modesto nível de originalidade à narrativa.

Ressentindo-se de uma certa monotonia – além de enveredar pelo óbvio durante a maior parte das duas longas horas de duração da trama -, Insônia consegue ser um filme relativamente razoável, mas não passa disso. Filmado em locação tanto no Alasca quanto na Colûmbia Britânica, o grande destaque fica por conta do visual excepcional das paisagens desoladas, grandiloquentes e cobertas de neve da América do Norte.

88 Minutos – 2007

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Outro filme sensacional estrelado por Al Pacino, 88 Minutos é um thriller policial dirigido por Jon Avnet. Além de Al Pacino, o filme tem no elenco atores e atrizes formidáveis, como William Forsythe, Benjamin McKenzie, Neal McDonough, Leelee Sobieski, Alicia Witt e Deborah Kara Unger.

Neste filme, Al Pacino interpreta o psiquiatra forense Jack Gramm, que começa a ter sérios problemas em sua vida depois que testemunha contra o assassino em série Jon Forster – conhecido como Carrasco de Seattle – em seu julgamento. A partir deste momento, praticamente tudo na vida do doutor Jack Gramm começa a dar errado.

Em questão de alguns dias, inúmeros crimes começam a ser perpetrados – entre assasinatos, atentados e explosões -, e todos eles fornecem indícios que apontam Jack Gramm como suspeito. Ele precisa então correr contra o tempo para provar a sua inocência e descobrir quem é o verdadeiro autor dos crimes atribuídos a ele, antes que a polícia o capture.

Com um frenesi que prende a atenção do espectador do início ao fim, 88 Minutos é um filme sensacional, cuja tensão narrativa se mantém consistente durante a maior parte do tempo. Com um enredo realista, que mantém a incógnita do perigo e da ameaça iminente como os elementos preponderantes da trama, 88 Minutos é um filme muito interessante, apesar de escorregar no óbvio em determinadas questões cruciais. Essas deficiências, no entanto, não chegam a comprometer a coerência da trama, tampouco prejudicam a estrutura da narrativa.

Ironicamente, o filme não agradou nenhuma pouco a crítica. Tanto Al Pacino quanto Leelee Sobieski foram indicados para o Framboesa de Ouro, o prêmio que – ao contrário do Oscar – premia as piores atuações e os piores filmes.

Evidentemente, existem outros filmes na carreira de Al Pacino que mereceriam destaque, dentre os quais poderiam ser citados alguns em que co-estrelou com Robert De Niro, outro espetacular veterano do cinema. Destes, Fogo contra Fogo (Heat), de 1995, dirigido por Michael Mann, e As Duas Faces da Lei (Righteous Kill), de 2008, dirigido por Jon Avnet, merecem destaque.

Entre os filmes policiais mais recentes de Al Pacino, poderiam ser citados Anti-Heróis (The Son of No One), de 2011, dirigido por Dito Montiel – co-estrelado por outras feras do cinema, como Ray Liotta e Channing Tatum – e Letras da Morte (Hangman), de 2017, dirigido por Johnny Martin. Ambos são filmes relativamente bons, mas não são formidáveis o suficiente para entrar nessa lista.

Al Pacino é um ator simplesmente sensacional, que participou de filmes espetaculares, alguns dos quais tornaram-se obras-primas da sétima arte, em grande parte graças à qualidade magistral de sua atuação e de sua dedicação incondicional à interpretação de seus personagens.

Com 81 anos de idade e 55 de carreira, Al Pacino definitivamente se consagrou como um dos maiores atores de sua geração. Graças a ele, temos à disposição filmes sensacionais para o nosso entretenimento, que se tornaram – para além de qualquer dúvida – nossos favoritos, em qualquer ocasião.

Colaboração: Wagner Hertzog.

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