Cientistas prometem lançar a “Pílula do exercício físico”
Cientistas anunciaram que podem estar próximos da criação de uma pílula que imita os efeitos do exercício físicos no corpo humano e, pela primeira vez, as pesquisa nos permitem descobrir o que realmente acontece com o músculo no nível molecular no momento do exercício. Segundo os cientistas, as pílulas teriam o efeito de reproduzir as mudanças no músculo sem a necessidade do exercício físico.
A pesquisa já revelou mais de mil reações musculares (que eram até então desconhecidas) que ocorrem quando o músculo é exposto à atividade física. Segundo o pesquisador dinamarquês Erik Richter as pesquisa estão avançando cada vez mais e com elas será possível desenvolver uma “pílula do exercício físico”.
Mas será que isso é realmente possível?
Nós precisamos desconfiar dos anúncios que prometem revolucionar e tornar mais prático algo que não pode ser substituído, como o exercício físico por exemplo. As pesquisa são importantes, mas acreditar que um fármaco seja capaz de substituir algo tão importante quanto a atividade física é o mesmo de querer alimentar-se somente de alimentos pré-fabricados. Os efeitos físicos do exercício físico, concomitantemente com os efeitos psicológicos trazem muitos benefícios à saúde, que dificilmente um fármaco trará. Sem, pelo menos, ter muitos efeitos nocivos ao organismo.
Essa pílula como está sendo cogitada, serviria apenas para desenvolvimento muscular, deixando de lado os reais benefícios dos exercícios físicos (que não são somente o aumento do volume muscular). Atualmente muitas pessoas buscam o exercício físico visando apenas a beleza e ganham qualidade de vida como consequência. Assim me pergunto o quão pode ser interessante essa pílula. Um dos pesquisadores contrários à pílula afirma que ela pode ser prejudicial para a sociedade, podendo torná-la ainda mais sedentária.
É claro que precisaremos de maiores informações e principalmente devemos perceber qual será a estratégia de comercialização, no futuro, para esse tipo de pílula. Mas está me parecendo que essa será mais uma invenção prejudicial à vida das pessoas. Salvo em casos de reais necessidades.
É importante lembrar que há algum tempo, alguns psicofármacos eram vendidos como a “pílula da felicidade”, como se quem o tomasse teria o tão sonhado “feliz para sempre”. Mas é preciso ter em mente que essas mesmas pílulas tem grandes consequências negativas e muitos efeitos colaterais no organismo e, em alguns casos, podem diminuir a expectativa de vida. Esses psicofármacos são utilizados na maioria dos transtornos mentais e muitas pessoas as utilizam para se “acalmarem” ou utilizam pois as ajuda a dormir, sem se darem conta da dependência química que isso está causando.
Portanto, é preciso tomar cuidado com a utilização de medicamentos, independente da promessa feita (ou dos milagres), principalmente dos remédios sem prescrição médica. Na minha opinião, dificilmente será possível trocar algo natural e benéfico à saúde por algo criado em laboratório.
Para saber mais sobre essa pílula e sobre a discussão que ela está causando, aqui tem uma matéria bem interessante.
FONTE: BBC.
Leonardo545 Posts
É psicólogo e redator de conteúdos. Escreve, reflete e pesquisa sobre os mais variados temas. Não considera a escrita como trabalho, mas uma necessidade da alma.
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