UFA, a TV não manda mais em mim!

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Não dá, eu simplesmente não consigo. E não é de hoje não, já faz algum tempo. Eu até tento mas tá cada vez mais complicado ficar sentado na frente da TV em um horário fixo, imposto por uma grade de programação planejada por pessoas que não sabem nada da minha vida.

SÓ QUALIDADE NÃO GARANTE MAIS AUDIÊNCIA

Os impulsos são maiores que eu. São muitas opções, cada vez mais tentadoras. Como alguém consegue reclamar de tédio hoje em dia, com essa oferta espantosa de bom conteúdo? Quando a Rede Globo anunciou a macro série O Rebu – eles ainda insistem em chamar de novela – a música que tocava nas chamadas fez com que eu olhasse pra TV. Era Bizarre Love Triangle cara, não tinha como não olhar.

Tirando o New Order da jogada, a fotografia também me atraiu, sem falar nos atores – é impressionante ver o desempenho de Tony Ramos e Patrícia Pilar fora de uma novela convencional. E claro, o argumento, que já parecia interessante nas chamadas.

A TV PERDENDO O COMANDO

Comecei a assistir. Como a série teve início em uma segunda-feira – irei me referir a O Rebu como uma série por que acho que funciona melhor do que novela – aproximadamente as 23h. Lá estava eu acreditando na competência da Rede Globo que, quando cisma em fazer algo bom, sai de baixo meu amigo.

E não deu outra. O 1º episódio foi incrível! O que foi aquela cena na piscina, com a câmera debaixo d’água? E as quebras pra desenvolvimento de roteiro através de inserções de telas de smartphones exibindo redes sociais e seus comentários sobre a festa, ambiente central onde se desenrola toda a trama? Gênio! Atuações, produção, trilha sonora, roteiro. Tudo beirando a perfeição e muita gente falando bem nas redes sociais.

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Claramente estávamos diante de uma mega produção voltada para um público diferente, que não necessariamente assiste a novelas tradicionais. Devidamente convencido do potencial da série, parti para o 2º capítulo, no dia seguinte. Quando o episódio chegava ao fim, eu lamentava e sentia que talvez tivesse passado rápido demais, tamanha a forma como me senti entretido com aquele conteúdo.

DIA A DIA X HOBBIES

No dia seguinte, quarta-feira, a Globo sabiamente optou por não exibir a série, já que havia transmissão do Campeonato Brasileiro, o que causaria atraso na exibição do episódio daquele dia, podendo gerar uma relativa queda na audiência. No dia seguinte, quinta-feira, o primeiro inconveniente: precisei sair correndo do banho pra conseguir ver o início do capítulo. Ok, aí você vai falar que eu demorei muito no banho e coisa e tal.

Mas, na sexta-feira, o episódio foi exibido somente depois do Globo Repórter. Como eu não estava lá muito disposto a ficar parado na frente da TV, resolvi tocar o foda-se: “Ah, na segunda eu volto a assistir, não deve acontecer muita coisa em 1 episódio”.

Aí vem o fim de semana, que é onde resolvo colocar em dia meus hobbies, desde livros, filmes e séries a games e leituras na web. Minha esposa – Mel – costuma embarcar junto nessas horas e aí uma coisa puxa a outra. Sempre que assistimos Netflix, nos damos conta do volume de bom conteúdo aguardando ansiosamente para adentrar a nossa sala. É muita coisa e pouco tempo.

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Pra piorar, eu tenho o péssimo costume de assistir tudo que é novo. Quando estreia uma nova série, quero ver ao menos o 1º episódio, só pra saber do que se trata. Sempre sou um alvo fácil de ser atingido pelo hype. Ele me atinge fácil, seja através do twitter, facebook ou dos feeds.

Sem falar, é claro, das recomendações que rolam em mesa de bar. Em meio a tanta coisa pra fazer naquele final de semana, lembrei novamente de Orange Is The New Black, série exclusiva do Netflix, e fiz um belo jabá pra Mel assistir. Como ela é atriz, sabia que o estilo a agradaria, dada a quantidade de personagens e personalidades bem desenvolvidas durante a trama.

Não deu outra. Ela amou. E eu que havia assistido até o 5º episódio, resolvi retomar desde o início, só pra assistir com ela e rir novamente de todas aquelas situações e personagens novamente. Que série, meu chapa! Se você nunca assistiu, deveria. Aí veio a segunda-feira…

A TV FOI DERROTADA

Geralmente, nos dias de semana, chego do batente perto das 21h. Aí tem a rotina de qualquer mortal o chegar em casa: banho e a hora do jantar. Aí já são umas 22h30. Nesse dia, a patroa queria continuar a assistir “Orange”. Apenas me lembrei de “O Rebu” e pensei: “Bye, bye, perdeu minha audiência. Logo eu, que falava tão bem da série e recomendava pra todo mundo”. E assim aconteceu nos dias seguintes.

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Nem todo dia assistimos a Orange. Tem dia que ela prefere assistir a The L World, uma série que acompanha já há bastante tempo. As vezes eu assisto a “24 horas”, “House of Cards”. Fazemos o que dá na telha, na hora que bem entendemos. Netflix, muito obrigado pela liberdade. Obrigado por assinar a “Lei Áurea” e me libertar da escravidão dos horários da TV.

É PRECISO DISPONIBILIDADE MULTI TELA

É claro que o YouTube e os torrents já vinham fazendo isso. Mas a conveniência do Netflix me encanta mais. Meu plano da NET não inclui gravação via decoder. E eu não quero mudar o meu plano. Na Netflix eu só pago meus R$ 16,90/mês e tenho entretenimento e felicidade garantida. Não preciso agendar nada nem conferir espaço de HD pra armazenamento. Só preciso apertar o play.

É realmente uma pena, pois sei que O Rebu faz parte das séries “fora da curva” da Rede Globo. Eu realmente iria assistir até o fim se houvesse algum tipo de streaming disponível. Mas todo santo dia? E às 23h? Difícil.

Meu cachorro inventa de brincar na hora que dá na telha dele. E as conversar no jantar com a Mel as vezes se estendem. Sem falar na concorrência do próprio smartphone. Mas aí já é outro chopp e outra batatinha, né?

Rodrigo Cunha96 Posts

Publicitário, geek, louco por cinema, música, games, livros e boas idéias nas horas vagas e não vagas. Tem medo de fazer compras em NY e beber num PUB de Londres e nunca mais voltar.

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