Musical ‘Wicked’ em São Paulo [Crítica]
Tive a oportunidade de assistir o ensaio aberto, antes da estreia oficial, do musical “Wicked” em São Paulo. O espetáculo, que estreia oficialmente no dia 4 de março no Teatro Renault, é um sucesso da Broadway que já foi assistido por mais de 48 milhões de pessoas no mundo.
No Brasil ele é dirigido pela diretora americana Lisa Leguillo e conta com um elenco formado por 34 atores. Dentre eles estão: Myra Ruiz, Fabi Bang, Sérgio Rufino, Adriana Quadros, Jonatas Faro, Giovanna Moreira, Bruno Fraga, Cesar Mello e outros.
Sinopse
Muito antes de Dorothy chegar, duas outras garotas se conheceram na Terra de Oz. Elphaba, nascida com a pele cor verde-esmeralda, é esperta, ardente e incompreendida. Glinda é belíssima, ambiciosa e muito popular. Essa megaprodução, que faz rir e chorar, traz à tona os segredos que levam Elphaba a se tornar uma bruxa “má” e Glinda a ganhar a simpatia dos habitantes da Cidade das Esmeraldas.
Wicked, por meio de números e performances surpreendentes, mostra que toda história tem diversos pontos de vista e que ser diferente faz de você alguém único e extraordinário.
Crítica
Confesso que fui assistir o espetáculo sem muitas esperanças. Não por duvidar da qualidade do musical, que já é um sucesso na Broadway, mas sim porque não sou um grande fã desse universo lúdico das bruxas e de OZ. Eu gosto, mas não sou completamente apaixonado.
Sobre o espetáculo, eu conhecia a história básica e já tinha visto uma performance ou outra no Youtube. Principalmente porque sou um grande fã da música “Defying Gravity”. (estava ansioso para ver a versão ‘abrasileirada’ da música)
Mas confesso que só de entrar na platéia e ver a cenografia do palco, já fiquei bastante esparançoso.
E o que eu não esperava, aconteceu. Fui sem muitas esperanças e assisti um dos melhores musicais da minha vida. Na verdade acho que é sempre melhor ir assim para ver um filme ou um espetáculo, assim você não espera de mais e abre o coração para ser surpreendido.
Foi assim que sai do espetáculo, com o coração aberto.
Confesso até que chorei. É, meu amigo, homem também chora.
Passei ileso por Fantasma da Ópera, me emocionei mas não caíram lágrimas em Miss Saigon, não cheguei nem perto disso em Família Adams, tive sentimentos nostálgicos e me arrepiei com Rei Leão, mas foi a cena de despedida das duas amigas de Wicked que me fizeram chorar pela primeira vez em um musical.
Bom, mas vamos às críticas:
O espetáculo é sensacional, do começo ao fim. A cenografia é linda, assim como o figurino dos personagens (que deve dar um trabalhão para manutenção). O momento destaque fica para a cena da minha música preferida (já citada anteriormente), que termina com a bruxa Elphaba vencendo a gravidade:
A trilha sonora é envolvente e cheia de músicas que te fazem arrepiar. As vozes que são destaques no musical são das duas amigas: Elphaba (Myra Ruiz) e Glinda (Fabi Bang). As duas são extremamente experientes e com um controle de voz primoroso.
O ator Jonatas Faro faz um número bastante complexo, pois é bastante movimentado e exige muito fôlego. Porém, confesso que ele ainda não está preparado para segurar um musical de tamanha qualidade. Não sei se nesse ensaio aberto ele estava com algum problema na corda vocal, mas ele estava com uma voz bem fraca e semi-rouca, que garantiu vários deslizes na sua música de apresentação. Depois do intervalo, no segundo ato, ele surgiu com uma voz bem melhor e mais afinada.
No geral é um espetáculo que vai agradar crianças, jovens e adultos.
Vale a pena assistir! A estreia oficial será no dia 4 de março.
Crédito das fotos: Marcos Mesquita
Guilherme1781 Posts
33 anos, blogueiro, publicitário e músico. Formado em Propaganda & MKT, é blogueiro há mais de 10 anos. Atualmente trabalha com conteúdo para internet e se aventura no mundo musical.
0 Comentários