Lições de vida que o xadrez me ensinou
Meu primeiro contato com um tabuleiro de xadrez foi no meu aniversário de 10 anos quando, (in?)felizmente, minha vó meu deu um tabuleiro de presente. Eu não fazia a mínima ideia de como jogar aquilo e, apesar de ter gostado muito do presente, eu creio que um jogo de vídeo-game teria me satisfeito melhor no dia. Ainda bem que não foi o caso.
Aprendi a jogar e ensinei vários amigos a jogar também. Conheci um professor que me incentivou a jogar alguns campeonatos (inclusive ganhei alguns na minha categoria) e a jogar sempre e continuar evoluindo nessa arte. Cercado de lendas, estigmas e expectativas, o xadrez pode nos ensinar algumas lições importantes de vida e refletir um pouco sobre nosso comportamento no dia a dia.
Para ganhar, alguns sacrifício serão feitos
Não há um único jogo de xadrez em que você vence sem sacrificar ao menos uma peça. E o mesmo se aplica à vida: no nosso dia a dia, queremos (e por que não?) as coisas da forma mais fácil, sem precisarmos nos mexer demais, esperando as coisas caírem dos céus. E não é bem assim que as coisas funcionam. Já ouviu aquele velho clichê de academia “no pain, no gain”? É assim que funciona, esforços medíocre e sem dor trazem resultado medíocres e sem glória; grandes esforços com grande tributos trazem resultados satisfatórios e compensadores.
Não julgue alguém pela sua aparência, peões também ganham o jogo
Nessas idas e vindas pelos tabuleiros, um de meus colegas na época resolveu aprender a jogar, não seria nada de mais não fosse pelo fato de ele ser muito burro. Sabe aquela pessoa que você tenta de todas as maneiras ensinar alguma coisa e ela não aprende? Era ele. A surpresa ocorreu quando, em um dos campeonatos da minha cidade, ele ficou em sétimo lugar entre os vinte e um participantes – ” O xadrez muitas vezes é mais uma questão de habilidade do que de inteligência propriamente dita” me explicou meu professor, quando comentei a minha surpresa em relação ao caso. Descartar pessoas de nossas vidas por uma ou outra característica é algo normal hoje em dia, não levamos em conta suas qualidades como um todo e como elas podem ser úteis pela sociedade. É importante aprendermos que, mesmo o menor e mais fraco peão, tem seu valor apesar de não parecer.
Aprenda a forma correta de pensar e agir
Existem aqueles que pensam demais antes de agir e existem aqueles que agem a todo o momento sem pensar. Aqueles que tendem a pensar demais tornam-se prisioneiros dos seus próprios medos e aflições, criando cenários imaginários de completo desastre para suas pretensões e acabam por não tomar iniciativa alguma, perdendo oportunidades que poderiam agregar algum valor à sua existência. Entretanto, existem aqueles que agem impulsivamente a toda hora, tomando decisões pelo calor do momento sem avaliar os possíveis riscos de seus atos. Estes incorrem em erros muitas vezes bobos por apenas não colocarem na balança os pesos de cada ato, evitando assim, os fracassos de uma empreitada feita por uma decisão afobada. Saber levar em conta quando pensar e agir, equilibrando esses dois momentos da forma mais sábia possível, é a chave que abrirá a porta para o sucesso em todos os pontos de sua vida. No xadrez, aquele que joga sem pensar perde pela estratégia, enquanto aqueles que pensa demais para jogar, perde pela falta de tempo.
A Rainha NÃO é a peça mais importante do jogo
Essa aqui já entra na questão dos relacionamentos: Não coloque mulheres como seu objetivo de vida, evolua para si mesmo e elas virão, estude, trabalhe, faça amigos, tenha uma vida social. Não as endeuse e coloque como prêmio apenas por serem gatas, essa é a postura de qualquer fracassado em relacionamentos! Elas são importantes? Sim! Adoramos mulheres? Sim! Mas lembre que com elas ou sem, você deve buscar a própria felicidade! No xadrez, aquele que protege cegamente a rainha de forma a não observar o resto do jogo, tender a fracassar rapidamente.
O jogo não acaba até o xeque-mate
As coisas estão difíceis? Lute. O mundo parece desmoronar ao seu redor? Lute. Lute como nunca lutou na vida, até que suas forças se esgotem e você não consiga mais se levantar do chão não desista no meio do caminho, as esperança é a última que morre. Todo processo de evolução é difícil , se as pessoas apenas desistissem de seus sonhos no meio do caminho, estaríamos estagnados no tempo, sem perspectivas e sonhos. Enquanto houverem peças no tabuleiro, existe a chance de vitória.
“De poucas partidas aprendi tanto como da maioria de minhas derrotas”. José Raúl Capablanca, campeão mundial de xadrez 1921 a 1927
Colaboração: Luis Fernando Treu.
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1 Comentário
Deise
20 de fevereiro de 2018 at 10:40Muito interessante, gostei muito do artigo.