É isso mesmo, parece que as principais cervejarias nacionais deixaram de lado essa história de “Pureza Alemã” e usam, há muito tempo, ingredientes como milho e até o arroz na formulação de suas cervejas.
Segundo uma pesquisa da USP e da Unicamp, a maioria das cervejas brasileiras possuem 45% de milho em sua composição, que é o percentual máximo permitido pelo Governo atualmente. E, acredite ou não, mas a indústria quer que o governo aprove um percentual de 50%. Quer dizer, eles querem que a cerveja possa ter em sua composição até 50% de milho e/ou arroz, que são ingredientes bem mais baratos que a cevada.
Esta lei, que foi promulgada em 23 de Abril de 1516 pelo Duque Wilhelm IV (Guilherme IV) da Baviera, basicamente regulamentava que a cerveja somente poderia conter três ingredientes: malte, lúpulo e água. Considerada como uma das mais antigas regulamentações de defesa do consumidor protegia os compradores de que a cerveja comprada não teria nenhum outro aditivo ou componente “estranho” ou “exótico”.
A intenção da lei não era somente garantir a qualidade da cerveja e também controlar seu preço (porque limitava a criatividade dos produtores), mas também garantia que grãos mais valiosos e em falta naquele tempo como o trigo e o centeio, deixassem de ser utilizados na fabricação do pão para serem utilizados na cerveja.
Como nós não somos a Alemanha, vamos de milho e arroz no meio. Conheça algumas das cervejas que mais usam milho na sua formulação:
A boa notícia é que o mercado das cervejas artesanais está crescendo no Brasil e cada dia fica mais fácil encontrar cervejas do tipo premium em lojas e mercados do país.
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