Conferimos hoje a apresentação exclusiva do musical “O Grande Circo Místico” que acaba de desembarcar em São Paulo, no Theatro NET de SP (Shopping Vila Olímpia).
Criado originalmente para o Balé Teatro Guaíra e inspirado no poema homônimo de Jorge de Lima (da obra A Túnica Inconsútil, 1938), o espetáculo foi preparado durante todo o ano de 1982 e estreou em 17 de março de 1983 mesclando música, balé, ópera, circo, teatro e poesia.
O espetáculo conta com texto de Newton Moreno e Alessandro Toller, direção de João Fonseca e trilha sonora criada pela grande dupla de compositores: Chico Buarque e Edu Lobo. A estreia oficial será no dia 14 de agosto.
Na trama, o jovem Frederico (Gabriel Stauffer) é obrigado a servir como médico do exército, deixando de lado a iminência de um casamento com Charlote (Isabel Lobo) e a avassaladora paixão por uma acrobata, Beatriz (Leticia Colin). Enquanto o conflito – com seus mortos e feridos – avança, o circo é ameaçado e precisa lutar para evitar sua extinção.
Fernando Eiras, Letícia Colin, Gabriel Stauffer, Isabel Lobo, Ana Baird, Reiner Tenente, Paula Flaibann, Marcelo Nogueira, Tadeu Torres, Felipe Habib, Leonardo Senna, Juliana Medella, Leo Abel, Natasha Jascalevich, Luciana Pandolfo, Renan Mattos e Douglas Ramalho.
O grande destaque desse músical, em especial, é o fato do elenco ter que ser polivalente. Isso é, todos atores acabavam dançando, cantando, fazendo acrobacias de circo e até tocando instrumentos musicais.
Apesar de ser um espetáculo inspirado no universo do circo, com palhaços e tudo mais, não vá esperando dar muitas risadas. É uma obra séria e, por vezes, até dramática. (para mim isso é um ponto positivo)
A trama é bem amarrada e consegue trabalhar bem as mudanças dos personagens principais durante a história.
Coisas que me impressionaram:
• Os contorcionismos da Natasha Jascalevich.
• O alcance vocal e qualidade de voz da Ana Baird.
• Polivalência dos atores.
• Delicadeza, controle de gestos e a beleza de Letícia Colin.
• Leo Abel interpretando perfeitamente os gestos de um cavalo.
• Coordenação nas movimentações dos personagens (principalmente em cenas de grupos).
• Por último e mais importante, as diferentes interpretações das músicas de Chico Buarque e Edu Lobo em versões líricas, com um espírito circense.
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