A diferença entre Concordar, Discordar e Respeitar a opinião do outro

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Nós estamos vivendo em uma época muito complicada… Temos problemas de comunicação, sentimos necessidade de expressar a nossa opinião e temos muita dificuldade para conversar sobre opiniões que são divergentes da nossa.

Cada vez mais estamos convivendo com pessoas que compartilham as mesmas opiniões (ou pelo menos, opiniões semelhantes) que a nossa enquanto odiamos, brigamos e excluímos as pessoas que pensam diferente de nós.

Sempre que ouvimos uma opinião com a qual não concordamos, tentamos de alguma maneira “convencer” o outro de que ele está errado e, pior do que isso, nós convencemos, antes mesmo de ouvir a opinião do outro, que ele está sim errado e nós é que estamos certo.

Isso causa discordância, brigas, rixas, confusões e muitos, muitos problemas de comunicação.

É muito comum percebemos pessoas que pararam de conversar com as outras apenas por terem divergências ideológicas ou opiniões contrárias.

Atualmente está imperando a ideia de que: ou você está comigo (e concorda com tudo o que eu falo) ou você está contra mim (virando automaticamente meu inimigo). E isso é um problema.

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Refletindo sobre isso, pensei em tentar compreender qual a diferença existente entre aceitar, rejeitar e respeitar a opinião do outro.

Cheguei a seguinte conclusão:

Quando aceitamos a opinião do outro, geralmente é porque concordamos com ela e pensamos de maneira parecida, automaticamente passamos a perceber o outro como amigável, como alguém que queremos conviver e estar próximos. Isso acontece com certa frequência e estamos mais dispostos a conversar com essa pessoa.

Porém, quando ouvimos algo que não concordamos, automaticamente passamos a rejeitar o que o outro nos diz. Se não concordamos com uma frase que ele fala, logo, tudo que ele diz nos é rejeitado e assim não conseguimos aproveitar a fala do outro. Ou seja, nós rejeitamos o que ele diz e não conseguimos ouvir, pois atribuímos características negativas a essa pessoa, pois o que ele diz não nos é comum ou diverge do que pensamos (mesmo quando o outro tem um conhecimento mais aprofundado no assunto do que nós).

Isso nos limita e impede o nosso desenvolvimento.

O que muito poucos fazem é respeitar a opinião do outro quando ela é contrária a nossa.

Nós simplesmente perdemos essa habilidade.

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Respeitar seria aceitar a opinião do outro sem necessariamente concordar com o que ele está dizendo. Apenas saber que existe um motivo do outro pensar assim e não é somente porque ele pensa diferente de mim que ele é meu inimigo ou que ele está errado.

Muito pelo contrário. Pode existir algumas coisas que essa pessoa fale que tenha algum sentido e que me faça refletir e modificar alguns de meus pensamentos. Isso significa evoluir e se desenvolver como pessoa.

Quando percebemos que o nosso conhecimento é limitado, que não temos todas as respostas do mundo e (deus me livre) podemos estar errados, isso nos dá uma maior abertura para aprendermos, nos desenvolvermos e convivermos melhor com as pessoas.

Por isso, gostaria de deixar essa reflexão para você que conseguiu chegar até esse ponto da leitura:

– Com quem você está convivendo e se relacionando ultimamente? São pessoas com diversas formas de ver o mundo ou pessoas que apenas pensam igual você?
–  Você dá abertura para pensar de formas diferente sobre um mesmo aspecto (principalmente aqueles conceitos que você tem 100% de certeza que está correto).
– Até que ponto você é capaz de aceitar (mesmo discordando) a opinião do outro?

Ter um relacionamento saudável e verdadeiro com pessoas que pensam diferente de você é fundamental para que possamos conviver em sociedade e saber que é natural termos divergências, mas precisamos conviver e lidar com elas de forma respeitosa, aceitando as diferenças e sabendo que o mundo gira sem o nosso consentimento.

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Quanto mais aberto estivermos para o diferente, melhor seremos capazes de entender o mundo que nos cerca, sem julgamentos, sem pré-conceitos e, principalmente, sem sofrermos por isso.

Leonardo544 Posts

É psicólogo e redator de conteúdos. Escreve, reflete e pesquisa sobre os mais variados temas. Não considera a escrita como trabalho, mas uma necessidade da alma.

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