“Não sei se eu saberia chegar até o final do dia sem você…”

Relacionamento

Um vez estava assistindo a um filme que agora não me recordo bem o nome, mas que, com uma frase, conseguiu me marcar naquele momento: “Eu não vim aqui dizer que não consigo viver sem você. Porque eu consigo… Mas não quero!”.

É (mais ou menos) assim quando a gente ama alguém: não é obsessão, não é doença, não faz mal. Machuca um pouco, vez em quando, mas isso faz parte do crescimento e conhecimento diário do outro ser.

Hoje vim escrever sobre algo que realmente marcou a minha vida. Um algo tão forte que pode-se dizer que marcou do tipo A.D. & P.I. (Antes Disso & Pós Isso). Não citarei nomes, não direi datas e horários: isso não se faz importante tamanho compartilhamento que farei.

O fato é que nem toda tragédia acontece num dia chuvoso, frio, cinza. Nem toda tragédia acontece com você acordando olhando pro dia e sabendo que será um dia estranho, mais ou menos. Nem tudo vem com aviso de acontecimento e nem tudo tem data para acontecer. Eu sempre me espelhei nesse algo inquebrável. Mas foi naquele dia que eu acordei pra realidade da linha de chegada. Que ela existe pra todos. Que tudo pode ter um fim. Tudo começou com uma ligação. Até ai, tudo médio bem. Ele não costumava me ligar para pedir para conversar. Não sabendo do momento em que eu estava, com quem eu estava, o que estava fazendo. Era realmente importante. Na mesma hora, larguei tudo, não olhei para o cabelo, não vi se estava bem maquiada. Simplesmente: fui conferir o que era. Um soco no estômago. Chorar baixinho quando se quer chorar como bebê faminto, ou, no meu caso, nem poder chorar, porque ele precisava mais das lágrimas que curam do que eu mesma. Nessas horas a gente engole o sentimento e pede pela razão. Ele não sabia como enrolar. Sabia que eu sabia da sua agonia. O óculos de sol fez o percurso mão-rosto umas 47 vezes, sem exagero. Eu não sabia o que pensar, eu não sabia o que falar. Era uma dor que percorria por onde quer que houvesse vida no meu corpo. O tombo da realidade machuca, e somado ao desespero do acaso, machuca mais ainda.

E lá fomos nós, passeando pela cidade que naquele momento era apenas um cenário que não importava. Finalmente chegamos onde ele queria. E apenas queria: vê-la. Não sei bem se fui covarde ou se preferi respeitar uma privacidade que talvez me dissesse respeito. Mas dizem que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Preferi assim permanecer. Não deu 5 minutos, ele voltou. Preferi não perguntar, preferi não dizer nada. O grau de intimidade e cumplicidade que temos nos permite esse silêncio.

E essa foi basicamente a história que reinou sobre os meus pensamentos por, no mínimo, as duas semanas seguintes daquele acontecimento. Quando ia dormir, repetia baixinho pra mim mesma: foi apenas um pesadelo, vai passar e tudo vai ficar como era antes, o sonho que sempre foi.

O fato é que temos a mania de nos apoiarmos em “ilusões”. E isso me fez lembrar que, mesmo quando nos decepcionamos, ainda conseguimos acreditar. E essa é a beleza das coisas: saber não generalizar, e saber tirar o bom de todo momento ruim. Errar acontece por um motivo: você arriscou e não foi bem aquilo que imaginava. Taí o ponto chave: aprender. Nesse caso, do amor, não pode ser diferente: o aprendizado precisa ser diário, estar aberto a conhecer o outro. Por mais que vivamos anos e anos ao lado de alguém, nunca o conhecemos por inteiro. Há sempre mais, e a sede desse mais é o que não pode acabar nunca. A sede desse mais, my friend, é o que chamamos de amor.

Saber levantar a poeira e dar a volta por cima, é o que nos permite ser o que somos hoje: evolução.

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2 Comentários

  • Alexandre Reply

    20 de março de 2015 at 16:17

    Wow… Nossa! Você descodificou e resumiu em palavras algo que recentemente senti e amargamente fui obrigado a vivenciar. Sem palavras. Rsrs

  • Lucas Reply

    25 de março de 2015 at 16:03

    Não entendi esse texto sinceramente..foi um termino?
    ou achou q era um termino mas foi so uma neura pq cara so “queria ter ver”?

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