5 dias em Nova York – o que fazer?

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Por alguma razão aconteceu e você tem 5 dias para passar na Big Apple, com certeza uma dúvida vai gritar na sua cabeça: “E agora, o que eu faço lá?”.

Acabei de voltar de New York City e vou dar algumas dicas pra você sobre o que fazer, quanto dinheiro levar, onde comprar e tudo mais que seja legal. 🙂

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Mas antes de tudo, escolha sua trilha musical aqui embaixo.

História e Geografia:

A história da cidade de Nova Iorque começa com a primeira documentação de europeus da área feita por Giovanni da Verrazano, no comando do navio francês, LaDauphone, quando visitou a região em 1524. Acredita-se que ele navegou em Alta Baía de Nova Iorque, onde ele encontrou os nativos lenapes, quando voltou através do estreito The Narrows onde ancorou na noite de 17 de abril e depois continuou sua viagem. Nomeou a área da atual cidade de Nova York de Nouvelle-Angoulême (Nova Angoulême) em homenagem a Francisco I da França, Rei da França e conde de Angoulême.

Vale ainda destacar sobre o que é Nova Iorque. Muitos confundem Nova Iorque com Manhattan, mas isso é um erro muito grave. Manhattan é somente um bairro de Nova Iorque. Sim, é o mais famoso e muito provavelmente você pode ir e voltar de NYC sem nunca sair de Manhattan, mas esta região não equivale nem a metade da cidade de Nova Iorque.
Nova Iorque é composta pelos bairros de Manhattan, Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island.

Bronx é famoso por ter um perfil de bairro mais arrojado, com muita arte de grafite ousado, e berço do hip-hop. É uma região muito pouco explorada por turistas

Queens é quase tão grande em área territorial quanto Manhattan, Bronx e Staten Island juntas e sua população é quase que toda composta por pessoas de outras nacionalidades que não estadunidenses.

State Island é uma ilha que fica depois de Manhattan, em tamanho geográfico é muito maior, porém, em habitantes, conta com um terço da população de Manhattan.

Brooklin, ah o Brooklin. Se você que conhecer um lugar hype e com a, indiscutivelmente, melhor vista do distrito financeiro de Manhattan, esse é o seu lugar. Tudo isso por um preço bacana!

Manhattan, dispensa comentários e explicações picadas. Inclusive, as dicas vão ser sobre Manhattan! \o/

Alimentação:

Independente de como forem suas intenções ou preferências, você vai conseguir se satisfazer com boa comida em NYC. Claro, vai depender sim do tanto que você tem disposição de gastar. Caso tenha optado por algum hotel com café da manhã ou algum apartamento com cozinha, o valor para essa refeição se dilui e sobra mais para experimentar outras coisas. Caso tenha interesse de almoçar e jantar refeições completas em restaurante, com algumas taças de vinho, conte com pelo menos US$ 75 por dia.

Eu fiz a experiência de comer em lugares simples, com wraps, saladas, sucos saudáveis, e da pra fazer isso gastando pouco. Tipo uns US$ 25,00 por dia. Também cheguei a gastar 8 dólares de almoço em um dia, comendo aqueles pedaços de pizza, com refrigerante e hotdog nos food trucks.

Alias, vale a pena comer na rua, os hotdogs, lanche com salsicha italiana, hamburgers e etc. por mais “sujinho” que pareça o lugar, a comida é saborosa e barata. (barato se for longe das zonas extremamente turísticas).

Lembrando que as gorjetas se funcionam de forma diferente que no Brasil, pois lá é o que garante a sobrevivência dos garçons. É comum que de 10% caso não tenha gostado muito do serviço, e 18 a 20% caso tenha gostado. Pros bares e pubs as tips funcionam por pedido, ex.: pediu uma cerveja, 1 dólar de tip, num segundo momento você pediu mais 5 cervejas de uma vez, um dólar de tip.

Dica de Brother: Não deu gorjeta? Não volte ao restaurante ou estabelecimento.

Transporte:

Alugar carro lá é jogar dinheiro fora, a não ser que você busque a emoção de passar horas e horas procurando vaga pra estacionar para então fazer os passeios e tudo mais.

Metrô la funciona 24/7 (vinte quatro horas, sete dias por semana), claro que dependendo do horário e das reformas dos trilhos, podem haver alterações de “Local” – parada em todas as estações – para “Express” – parada apenas em algumas estações (as dos pontos brancos no mapa). De metrô é possível chegar em quase toda a ilha, e fora dela também. Bem bacana. Com cinco dias, vale a pena comprar o cartão de acesso ilimitado para 7 dias, que custa US$ 32,00 (com valor da compra do cartão), e permite que você utilize o serviço quantas vezes quiser por dia. Caso contrario, custará que US$ 3,00 por passagem.

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Existem diversos apps que te ajudam na hora de programar rota e tudo mais, usamos um que ajudou muito, funciona offline e não consume muita bateria: NYC Subway

Hotel, Hostel, Albergue…

Se escolher ficar na Ilha, prepare seu bolso, é caro! Mas existem, quase que, infinitas possibilidades. Aqui recomendamos uma pesquisa bem profunda em sites que compilam informações assim, TripAdvisor, Airbnb e tal. Lá é possível encontrar varias opções com diferentes possibilidades. Caberia um post completo só sobre isso. Uma dica valida é buscar encontrar um equilíbrio entre preço, localização e acesso de metrô.

Nós ficamos em Upper West Side, meio quarteirão do Central Park, na rua 71st. A vizinhança é formidável, sim, disse formidável, um bairro basicamente de residências, pouco movimento de turistas e vários restaurantes bacanas próximo, com um plus que é estar no Central Park. SENSACIONAL! <3

Dica de Brother: É pratica comum, inclusive está descrita pelos sindicatos dos trabalhadores de NYC, que deve se deixar tips pro pessoal que arruma o seu quarto (hotel), de US$ 1,00 a US$ 5,00 por dia. (sim, boa parte da sua grana vai em tips)

Passeios:

Vou dividir essa etapa por dia, acho que fica mais fácil e inteligível, vale lembrar que não é necessário fazer tudo ou da forma como estamos falando, são apenas algumas dicas para otimizar seu tempo. Percebam que não faremos muitas sugestões de alimentação (almoço ou jantar) durante a descrição dos dias, é só encaixar no dia as dicas que demos em alimentação.

Dia 1 – Turiste muito!

Pegue um metro (se precisar faça baldeação na Grand Central) da linha Verde 6, sentido downtown, e desça na estação “Brooklin Bridge – City Hall” de uma volta pela área da prefeitura. No meio do pátio tem uma fonte, me parece que a agua lá é meio suja e fedida. Depois disso, siga rumo Brooklin Bridge, e atravesse a ponte a pé (é possível voltar de metrô se bater aquela preguiça). A vista é incrível. A ponte foi construída em 1875 e isso faz dela mais incrível ainda. Caso resolva voltar de metrô, você deve pegar o metro da linha azul A ou C na estação High St. sentido uptown, e descer na Estação Fulton St.

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Ai começa a parte mais bacana do seu dia, caminhar. Digamos então que você voltou de metrô e esta na estação Fulton, que é bem bacana por sinal, e siga rumo Wall Street, lá se pode conhecer o distrito financeiro mais importante do mundo, (mais famoso com certeza). Ao caminhar pela rua, passará na frente da Trump Tower, Tiffani CO., e outras tantas coisas bacanas, mas o ponto alto é a bolsa de valores, um prédio muito bonito que vale a pena conhecer. Ao fim dessa caminhada, siga em direção a Broadway, e desça sentido South Ferry, conheça o Charging Bull. Tire foto com o touro e de quebra, se quiser manter a tradição, passe a mão nos testículos do boi para atrair boa sorte. Se não quiser, não tem problema, faça como nós e fique rindo da cena cômica da galera fazendo isso.

Agora você tem duas opções, ir até South Ferry, entrar no barco e ir conhecer a Estatua da Liberdade e mais uma outra ilha, ou subir caminhando pela costa da ilha até chegar ao Ground Zero – monumento em homenagem ao 11/09/2001 (o novo prédio chamado One World Trade Center que esta construído na região, tem um observatório no 102º andar, caso tenha agendado horário pra subir programe-se para ir ao Ground Zero próximo do horário da sua visita). Daqui podemos pegar um metro da linha vermelha 2 ou 3, sentido Brooklin, e descer na estação Fulton St. para subir caminhando até a emblemática zona de Chinatown. Sobre essa região, quem é de São Paulo (quem não é, joga no google), conhece bem a 25 de março, então, é tipo isso. Mas pode ser interessante.

Um pouco mais a direita, no sentido uptown, temos Little Italy, que segundo um italiano que conheci na viagem, nada se parece com a Itália, mas mesmo assim é bem agradável e interessante (compras de presentinhos nas lojinhas aqui é muito valido, barato e com uma qualidade razoavelmente boa).  Na rua principal, do lado do rapaz que faz charutos, tem uma banquinha que vende um sorte tipo gelato, absolutamente sensacional. Caso queira jantar por aqui, é uma opção bem interessante.

Seu dia esta praticamente acabando e você andou muito, eu optaria por ir descansar um pouco para poder aproveitar o próximo dia.

Dia 2 – Dia de Compras:

Eu sei que todo mundo gosta de fazer compras gastando pouco e comprando muito. Existe um mall muito bacana em New Jersey, com muitas marcas e preços quase que sem imposto (diferente do que se encontra em Manhattan onde o imposto é de 8,875% em cima da tag). Na verdade, a única loja em que paguei imposto nesse mall foi na Burlington, mas foi algo como 2%. Pra ter mais informações sobre esse mall, vale a pena baixar um app que se chama Simon e ver os horários de funcionamento. Para chegar até lá, você pode ir de carro (caos) ou ir de metrô e ônibus, que para dentro do estacionamento. Caso opte pela segunda opção, pegue o metrô na linha azul A, C ou E, e desça em Porth Authority – Bus Terminal, nessa estação você deve comprar o ticket da passagem de ônibus que te leva até la (ônibus 111), que, ida e volta, custa US$ 13,00.

Caso tenha pretenção de comprar bastante coisa, deixamos duas dicas valiosas, leve uma mala vazia para colocar as compras, ou compre caso seja útil!

Nunca, por hipótese nenhuma, deixe para pegar o ultimo ônibus para voltar para Manhattan, todo mundo opta por isso e se perder esse ultimo ônibus, já era…

Temos então a noite livre, volta pra onde estiver hospedado, deixe suas malas e se prepare para uma visita à Times Square, único lugar de NYC que não tem nenhum new yorker. Só estrangeiros. Alias, se tem algum lugar que é extremamente necessário que você coloque atenção em seus pertences, é na Times.

Alguns restaurantes famosos, tipo Hard Rock, Red Loobster, Bubba Gump, estão situados nessa rua.

Dia 3 – Museu: (não curte Museu? Sério?)

Opte por um dos vários museus que existem em Manhattan, diria para começar pelo de Historia Natural, em Upper West Side, na rua 81st (existe uma estação de metrô que fica nessa rua). O museu abre em torno das 10h da manhã, então não é preciso chegar tão cedo, porém para poder aproveitar boa parte do museu, você acaba usando quase que o dia todo lá. Assim como outras atrações em NYC, existe a necessidade de pagar entrada pra esse museu, mas não existe preço fixado, apenas sugerido, logo você pode pagar quanto quiser, puder ou quanto reconhecer de valor naquilo que você verá la dentro. Desde US$ 1,00 até o Infinito.

Nesse dia, um outro passeio muito bacana que podemos indicar é o Cruzeiro Harbor Lights, que basicamente contorna parte da ilha de Manhattan, falando sobre os principais pontos históricos e turísticos, passando pela Estátua da Liberdade e pela Ponte do Brooklin. Provavelmente nesse passeio você tenha a visão mais linda da cidade ao anoitecer, pois o cruzeiro parte as 19 horas. Mesmo se o dia estiver nublado vale a pena, a fog deixa Manhattan mais com cara daquela Manhattan dos filmes.

Dia 4 – Um dia mais de boa:

Eu tenho uma característica muito específica, sou nerd, curto coisas relacionadas à filmes e jogos, entre outras coisas. Logo, pra mim foi obrigatório fazer dois passeios na Times Square, museu de cera da Madame Tussauds, até custa entre US$ 20,00 e US$ 30,00 e lá você encontra diversas esculturas, desde estrelas de cinema, personagens da Marvel, filmes, celebridades da TV, expoentes culturais, lideres mundiais, cultura pop, celebridades do espirito de Nova York e artistas da música. É realmente fascinante como o trabalho é perfeito, semelhanças incríveis com as figuras reais, realmente algo que vale a pena conhecer. Acredito ser bacana ir em grupo, tirar fotos, selfies…

Saindo do museu de cera, (#nerdalert) recomendo fortemente que vá para o museu da Marvel! \o/ Esse museu é idealizado pela Discovery, e conta com testes, treinamentos e atividades que um recruta da Shield passaria ao entrar para a agência. Ao fim do percurso você é convidado a comprar as fotos que foram tiradas durante o processo, são as únicas que vcs vai ter de la, pois é proibido uso de celular e também de câmeras fotográficas. Uma coisa que vale a pena comprar e que custa US$ 5,00, é o cartão de identificação de Agente da Shield, com uma foto sua. SENSACIONAL!

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Depois de almoçar em algum lugar bacana, ou comer dois pedaços de pizza e uma lata de refrigerante por US$ 2,75, hora de dar uma volta de bike pelo Central Park, caso tenha comprado um longboard, você pode optar por ele ao invés da bike.

Que tal um picnic no gramado do parque?

Dia 5 – Reserve um tempo para as malas:

Independentemente do horário que você pretenda acordar, reserve um pedaço do seu dia para fechar as malas, tirando as tags das roupas, envelopando possíveis cosméticos ou produtos líquidos que tenha comprado, tirando eletrônicos das caixas e embrulhando-os com roupas e distribuindo nas malas, e claro, pesando-as ao fim do processo para ter certeza que não passou o peso máximo da companhia aérea. Pelo menos pela Delta, cada quilo que se passa dos 32 kg(franquia de bagagem para voos internacionais), custa cerca de US$ 75,00 e uma mala extra inteira com 32 kg custa US 75,00. Logo, se você tiver um kilo a mais que seja, compensa comprar outra mala, dividir suas coisas e pagar a mala extra. 

Se seu voo for internacional, ou seja, sai de New York direto para um destino fora dos Estados Unidos, seu aeroporto será o JFK, sigla de John F. Kennedy. E sabe, é longe de tudo! Caso esteja hospedado no Queens, com taxi ou translado, em uns 45 minutos ou uma hora você chega no aeroporto. No meu caso, eu estava em Manhattan, em Upper West Side, e demoramos quase duas horas pra chegar ao aeroporto. Portanto, programe-se para chegar no tempo certo.

Caso tenha alguma conexão dentro dos Estados Unidos, é provável que seu voo esteja programado pro aeroporto La Guardia. um aeroporto bem menor e bem mais simples, basicamente para voos domésticos. Esse fica depois do Harlem, bem longe do JFK. Preste muita atenção as informações do seu voo para ter um fim de viagem tranquilo. Aqui vale um lembrete, a franquia de bagagem para voo domestico é diferente de 32kg, doble check na companhia aérea pra ficar tranquilo.

Dica de brother: caso não tenha experimentado o lanche do Shake Schak, sua ultima chance é no JFK, e é bem gostoso.

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Nova Iorque é uma cidade que marca, uma daquelas que deixa saudade quando você volta pra casa e faz querer contar os dias para voltar. Recomendo fortemente que se você esta querendo viajar e pode escolher um destino, escolha New York e nos conta como foi! 😀

Crédito fotos: Felipe Munhoz.

Heitor Pampolini

Heitor Pampolini34 Posts

27 anos, empresario e empreendedor. Escreve para compartilhar reflexões que podem contribuir com as vivências das pessoas.

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